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Opinião de um educador do Avalia+
Por muitos anos, encarei a avaliação como algo desconfortável. Havia um receio de ser criticado, de não corresponder às expectativas, de ter meu trabalho resumido a uma nota ou a uma opinião isolada. Mas, com o tempo — e com a vivência em ambientes mais abertos e dialógicos — entendi que avaliar não é julgar. Essa distinção é fundamental e transforma tudo.
Julgar parte de um lugar fechado: um veredito, muitas vezes sem contexto, que pode mais ferir do que construir. Avaliar, por outro lado, deve partir da escuta, da empatia e do desejo de melhoria. Quando a avaliação é feita com respeito e propósito, ela se torna uma ferramenta poderosa de crescimento, tanto para professores quanto para alunos.
Como educador, passei a compreender que o feedback dos estudantes não é um ataque pessoal. Ele é, na verdade, um retrato da experiência que construímos juntos. E sim — às vezes ele vem com críticas duras, mas necessárias. Quando há espaço para o diálogo, até os apontamentos mais difíceis se tornam oportunidades valiosas de autoconhecimento e ajuste de rota.
A avaliação docente não pode ser usada como instrumento de punição, e sim como um processo contínuo de escuta e evolução. Para isso, as instituições precisam cultivar uma cultura de confiança e segurança psicológica, onde os educadores se sintam acolhidos e incentivados a refletir sobre sua prática, sem medo.
Quando entendemos que avaliar é caminhar junto, deixamos de ver o outro como adversário. Passamos a entender a avaliação como uma ponte — e não como um muro — entre o que somos hoje e o que ainda podemos ser como educadores.
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